
REVISÃO FUNDAMENTAL DA SEMANA (5 a 9 de agosto de 2024)
A semana começará numa onda de tensão geopolítica máxima. Apesar dos ataques com mísseis contra Israel no fim de semana, o Irão ainda não interferiu, mas de acordo com a agência de notícias norte-americana Axios, prevê-se um grande ataque contra Israel a 5 de agosto (fonte das autoridades norte-americanas).
A semana não é rica em relatórios económicos importantes. O relatório mais importante nos EUA é o índice ISM para o sector dos serviços, que foi hoje divulgado. Uma vez que o indicador se revelou dentro do intervalo de previsão e acima do limiar de recessão de 50 pontos, isto reduziu temporariamente os receios sobre uma possível recessão económica nos EUA e fortaleceu o dólar, embora seja insignificante em comparação com a actual turbulência geopolítica.
Outro relatório importante serão os dados sobre os pedidos semanais de subsídio de desemprego, que serão divulgados na quinta-feira, mas devido à aproximação do furacão, poderão não ser tão indicativos.
Haverá muitos discursos dos membros comuns da Fed esta semana, sendo a principal tarefa explicar ao mercado a sua inacção na reunião de 31 de Julho. Esta é a segunda reunião em que não tomam medidas, apesar de uma descida significativa da inflação em Junho.
Os dados da China, como o PMI dos serviços e a balança comercial, serão importantes para o sentimento de risco dos investidores. A reunião do RBA na terça-feira será toda sobre retórica; a declaração pode dar qualquer indício de um aumento das taxas. Na sexta-feira, um relatório do mercado de trabalho canadiano poderá ter impacto nas expectativas do mercado quanto à ação futura das taxas do BoC.
O Tesouro dos EUA vai retirar 392 mil milhões de dólares em liquidez dos mercados esta semana, com leilões importantes a decorrerem de terça a quinta-feira.